sábado, 29 de março de 2008

Nos momentos de ócio...

...nada como uma boa leitura, né mesmo?

Graças a Deus eu tenho esse costume - ler. Venho lutando com meus filhos desde
que eram pequeninos (já são homens feitos) tentando incrustar-lhes esta mania.
Confesso que o sucesso foi mínimo, mas quem pode competir com computadores
e video-games?

Assim que voltei para a terrinha, fins de 98, fui convidado por uma antiga colega
de escola para uma homenagem à nossa professora dos tempos de ginásio, que estaria
completando 70 anos: nossa querida Dona Laene, professora de português, que um dia
eu descrevi como "mestra, escritora, poeta e dublê de mãe". Nessa tarde agradável,
de café, bolos e biscoitos, umas das colegas, Cristina, fez como nos velhos tempos,
declamou o Poema de Atonia, umas das obras de nossa mestra. Bonito demais!
Foi muito bom encontrar pessoas que não via há quase trinta anos. Foi tão bom que
uma meia dúzia de velhos camaradas enfiaram-se no primeiro boteco e... xapralá.

Hoje, num desses momentos de ócio, estava folheando um dos livros de Dona Laene e
deparei-me com este belo poema, que não resisto em mostrar pra vocês uma pequena
parte:

Poema de Atonia

Laene Mucci

Deram-me rosas,
iguais às de Vinicius
e de José Marti.
Não sei se guardo,
não sei se levo,
não sei se planto...
Quer pra você, papai?

Deram-me rosas e risos.
Não sei se uso,
não sei se escondo,
não sei se ofereço.
Deram-me lágrimas.
Não sei se prendo,
jogo pro ar
ou deixo escorrer...
Quer pra você, papai?

...

Né bacana? Pois é. Um conselho aos amigos, principalmente aos mais jovens: leiam,
leiam muito, leiam de tudo. É muito melhor que ver TV. Para manter a lucidez
evitem catálogos telefônicos (tem personagens demais) e bulas de remédios (enredos
complicados) o resto tá liberado. :)

2 comentários:

Ana Vitória disse...

Há!!!

É muitooo bom ler!
Eu particularmente amo!

Até meus 11 aninhos eu só lia gibi (creio que isso me ajudou muito em minha leitura mesmo parecendo que não), passei um ano sem ler nada, sem decisão sobre esse mundo infinito onde se localiza a leitura.
Depois de puxões de orelha de meu pai comecei a ler livrinhos (sim, aqueles fininhos), até que comecei a ter gosto pelos livros!

Depois que li O Engenhoso fidalgo D. Quixote da Mancha (Miguel de Cervantes Saavedra) foi um livro atrás do outro.

Mantenho uma média boa por ano.
Obs.: Os livros sobre xadrez não coloco nesta média!

Viva a leitura!

Obrigada pelos Parabéns...
Estou pensando sobre publicar/comentar uma partida!

Abraço!

Masegui disse...

Legal, Aninha, publique as partidas, estamos aguardando. Volte sempre.
Abração, Mário Sérgio