sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Confissões... 2

O tema iniciado no post passado, sobre ler corretamente um livro de xadrez, traz à baila a questão de como surgiu essa idéia numa mente brilhante como a minha - com sarcasmo e cacofonia, please!

A verdade é que eu já vinha me cobrando isto há muito tempo. Estou sempre com um livro na mão, mas cada hora é um livro diferente. Porra, já que eu não consigo estudar de forma organizada, pelo menos posso tentar ler um livro do princípio ao fim. Deve ser mais útil. Como eu disse anteriormente, para não ficar maçante separei 5 livros, cada vez que eu pegar um deles terei que seguir de onde parei. Vamos lá, então:

1 - Ajedrez de entrenamiento - A Koblenz (148 páginas)
2 - El mundo mágico de las combinaciones - A Koblenz (139 páginas)
3 - El laboratorio del ajedrecista - A Suetin (146 páginas)
4 - Técnicas de ataque en ajedrez - R Edwards (93 páginas)

Os dois primeiros livros eu considero jóias raras! O autor, Alexander Koblenz, foi treinador de equipes soviéticas e assessor pessoal de M. Tal, quando este era campeão do mundo. O conteúdo dos livros são baseados nas aulas que o autor ministrava no clube de xadrez de Riga (Letonia). Um dado interessante: nos exercícios apenas se indica de quem é a vez de jogar, o leitor é que tem que descobrir se existe uma combinação, uma vitória ou mesmo um empate na posição. Segundo o autor, durante uma partida você não terá um sapo pra lhe dizer: "brancas jogam e ganham".

Os dois últimos são inferiores aos livros do Koblenz (IMHO), mas a temática é semelhante e é sempre bom ter um novo enfoque, uma visão diferente de um mesmo tipo de assunto.
Como vocês podem ver, os livros são relativamente pequenos, nenhum deles passa de 150 páginas. No entanto, alguns exercícios são bem pesados, principalmente os do Koblenz. Estou me lascando em um deles... "tô garrado". Como sou teimoso acho que vou terminar o ano sem conseguir resolve-lo!

Bem, tá faltando o quinto livro, que eu deixei por último de propósito:

5 - Xadrez Básico - Dr. Orfeu Gilberto D'Agostini (596)

É o supra-sumo, a obra-prima da literatura enxadrística em língua portuguesa! Um dos primeiros livros que comprei, o coitadinho tá velhinho, sofrido e todo grampeado, mas não falta uma página sequer, uma linha, uma letra! Claro que já o li várias vezes, mas sacumé, né... resolvi devora-lo novamente e desta vez de cabo a rabo!


O legal disso tudo é que agora a bagunça tá mais organizada. Não tem hora marcada, prazo estipulado, nada disso, mas quando pego um dos livros tá lá o marcador dizendo "você parou aqui, Capivara!" E olha que eu estou obedecendo direitinho!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Confissões de um capivara

Folheando um livro de xadrez, fiquei intrigado com a abertura de uma partida. Fui conferir nos bancos de dados e, mesmo encontrando alguma coisa, não fiquei satisfeito. Resolvi recorrer ao google, o salvador da pátria quando o Chapolin Colorado não está disponível! Clica daqui, clica dali e duas horas depois me peguei assistindo vídeos antigos dos Beatles no You Tube!!

Pensei com meus grugumios: se um dia eu enfrentar essa abertura terei que cantar pro adversário "I want to hold your hand".

Brincadeiras à parte, isto vive acontecendo comigo. Eu sou assim, dispersivo. Acho que é por isso que nunca consegui estudar xadrez de uma forma mais metódica, organizada. Já tentei alguns métodos e até bolei um sistema legal, a fórmula mágica, que poderia ter ajudado se eu fosse mais disciplinado e persistente.

Interessante é que antes eu usava como desculpa a falta de tempo, o que não se aplica agora. Hoje minha justificativa é a idade. Já estou velho demais pra levar o xadrez a sério, o negócio é a diversão. Não deixa de ser verdade, mas vencer é sempre mais divertido, né mesmo?

Já pensei em contratar um instrutor, talvez seja uma experiência válida. Não por muito tempo, não posso me dar esse luxo, mas por um período suficiente para que ele me mostre alguns atalhos de forma que eu possa seguir sozinho, sem me perder. Acho que daria certo porque eu seria cobrado e teria que apresentar resultados... ou estaria jogando dinheiro fora.

Devaneios...

Quem aí já leu um livro de xadrez corretamente? digo, ler o livro todo, do princípio ao fim. Estudar as partidas, fazer os testes e exercícios, etc. Eu nunca fiz isto! Tenho um monte de livros e nunca estudei pra valer nenhum deles! Estou sempre folheando um ou outro, de forma desordenada. Vejo uma partida aqui outra ali, mas nunca profundamente. Exercícios, então, são raros os que pego pra valer. Fica tudo pra depois, pra quando eu tiver um tempinho... :)

Resolvi mudar isso. Separei alguns livros e deixei sobre a escrivaninha. Um deles seria o escolhido para ser lido/estudado do início ao fim, como se deve! Botei um marcador na primeira página de cada um deles e... opa, que tal usar todos? o estudo fica mais abrangente e menos maçante!

No xadrez tem uma máxima que diz que "é melhor um plano ruim do que nenhum plano" e isto também se aplica na questão do treinamento. Mesmo um sistema que não seja lá essas coisas é melhor do que nada.

A idéia "pode não ser uma brastemp" mas é interessante... e tem funcionado!! Isto é, ainda estou engatinhando e a coisa tá bem devagar... mas tá indo. Em um próximo post eu digo como estou fazendo e mostro quais os livros que estou utilizando.

Ps.: Hoje é o Dia do Enxadrista. Data escolhida por ser o dia do nascimento do grande Capablanca. 
Parabéns a todos!