sábado, 31 de julho de 2010

Dicas pra capivarada!

Você que é capivara "que nem eu" e está há uns 200 anos tentando melhorar no xadrez, leia atentamente as dicas abaixo. Trata-se de uma compilação de idéias de vários mestres e renomados instrutores. A tradução é livre, com um toque Maseguiano:

De cara uma afirmação radical: Os capivaras não devem priorizar o estudo de aberturas!

Alguns mestres mais radicais aconselham o estudo sério de aberturas apenas para aqueles que já alcançaram um rating FIDE de + ou - 2.200 pontos!.

Claro que é preciso, o quanto antes, conhecer os princípios básicos - desenvolvimento, centro, etc. Porém, aprender linhas específicas e variantes não deve ser o foco principal. Aprende-se muito mais (e mais rápido) estudando táticas, finais, jogando partidas sérias (torneios) e analisando-as com jogadores mais fortes ou até mesmo com engines.

Bem, mas você precisa escolher algumas aberturas para estudar e incluir em seu arsenal, certo?  Os mais fortes conseguem aprender/memorizar bastante teoria, mas os iniciantes, principalmente aqueles com pouco tempo disponível, necessitam de uma abordagem mais prática, mais simples. Assim, eis aqui algumas dicas para facilitar este processo:

- Ao escolher um sistema de abertura, prefira um que leve a posições de meio-jogo que você entenda melhor e se sinta bem. Por exemplo, o Gambito Evans não é uma boa escolha se você é um jogador de estilo posicional, que gosta de ir "cozinhando o galo" e manobrando aos poucos, mas é o ideal para quem prefere posições altamente táticas e quer partir logo pra briga.
 
- Não se aprofunde demais. A princípio aprenda as linhas principais e os planos básicos para cada lado. É importante, também, conhecer algumas armadilhas dessa abertura, tanto para evitar derrotas prematuras como para conseguir vantagens caso seu adversário não as conheça.

- Outra grande dica, essencial na opinião dos melhores treinadores: após cada partida (não importa se é uma partida séria de torneio ou apenas um rápido confronto on line) confira a abertura com suas referências - livros e/ou bancos de dados. Descubra onde o jogo saiu das linhas recomendadas e veja porque o lance indicado é melhor que o que foi jogado por você ou seu oponente. Fazendo isto constantemente você ampliará seu conhecimento mais facilmente.

Futuramente (Deus nos ouça!) será preciso gastar mais tempo e energia para aprender um sistema de abertura mais específico, mas para a maioria dos capivaras as dicas acima são suficientes para que eles possam lidar com os estágios iniciais de uma partida de maneira adequada, sobrando tempo para o estudo de outros tópicos importantes.

É isso aí, abração e até a próxima!

domingo, 18 de julho de 2010

Sacudindo a poeira...

Jabulanis, vuvuzelas, polvo adivinhão e bicho bão!
Mais de um mês sem mostrar a cara, mas são muitos os motivos: minha ida ao Aberto do Brasil em BH faiô e ainda não me recuperei do fiasco; O Alemão, meu vizinho do 6º andar (que andou por aqui me distraindo com torneios de engines), sumiu depois que os espanhois comeram os chucrutes; Fiquei um tempão envolvido com vuvuzelas, jabulanis, o polvo Paul e Larissa Riquelme, aff Maria!

Por fim, quando tudo estava voltando ao normal, peguei uma infecção renal tão braba que em dois dias derreteu minha teimosia e fui parar no hospital. Ainda bem que foi uma visita rápida: soro, analgésicos, exames e pimba pra casa, graças a Deus! Duro será tomar antibióticos por dez dias (estamos no quarto, sniff) sem chicletes adams, digo, sem biritas!!

Pra completar minha urucubaca, o amigo Daniel Castro esteve passeando na terrinha exatamente nos dias que estive com o pé na cova. Não conseguimos jogar nem umazinha... tô mesmo cagado de arara!

Off topic (Filosofia Maseguiana: filho meu crio eu!)
Cada dia mais me surpreendo com nossos governantes. Vejam só o que anda rolando por aí:

"O Congresso Nacional discute um projeto que proíbe a aplicação de castigos físicos, moderados ou não, nos filhos, mesmo que a punição tenha caráter pedagógico. Na prática seria a proibição da tal "palmadinha educativa". Os pais que desobedecerem a lei podem ser obrigados a fazer tratamento psicológico ou psiquiátrico, junto com as crianças."

Que tal? Eles não investem em educação de qualidade, pagam uma miséria aos professores, as  escolas estão uma merda e agora querem que os alunos cheguem totalmente compatíveis, só pode ser isto!

Entre indignado e estupefacto com tamanha estupidez, comecei a rir imaginando a cena:

- Alô, é do disque-sapeca? faça o favor de mandar alguém aqui em casa porque meu filho tá na maior birra e não me obedece de jeito nenhum! Ele tem 7 anos, não come verduras, não faz o dever da escola e pra tomar banho é um Deus nos acuda. Mande um especialista, viu? tô aguardando, obrigado.

Não sei quem são os autores desse projeto, mas se eles tivessem levado umas boas palmadas na bunda quando eram crianças agora estariam bolando algo mais útil, com certeza.

Adaptação "poética" de um ditado da vovó:

Criança desobediente e sapeca
que não toma palmada na bunda
é só trocar a fralda por cueca
que vem borrachada na cacunda