Na falta de material enxadrístico, falemos de minisqüências...
Eu prometi contar outras histórias de meu saudoso amigo Roberto, de Gov. Valadares,
na postagem de 16/12/2007 - o "Mate do Roberto". Aqui vai mais uma:
Sábado à tarde, turma reunida para um torneio de blitz. O adversário do Roberto faz
um lance vigoroso, atrevido e o nosso amigo "recita" alto e com cara de espanto:
"Santa Maria Eterna, breve de Roma, estrela do céu, cordão de São Francisco!"
Aquilo soou engraçado e a turma rolou de rir! A partir daí qualquer lance inesperado,
muito ofensivo ou um sacrifício de peça era motivo para recitar a ladainha. Todos nós
passamos a usar o bordão, mas engraçado mesmo era quando dito pelo próprio Roberto.
Entendíamos aquilo como uma interjeição, embora apenas o início "Santa Maria Eterna"
fizesse sentido.
Tempos depois o Roberto explicou a razão da famosa expressão: ele havia estudado por
algum tempo em um colégio de padres como seminarista. Durante as festas e quermesses
alguns dos internos vendiam santinhos e lembranças religiosas e aos gritos ofereciam
suas mercadorias aos visitantes! Durante a tal partida, ao deparar-se com o lance do
adversário, ele exclamou: "Santa Maria Eterna" e em seguida, lembrando-se do seminário,
emendou com tudo o mais que pôde lembrar, ou seja, as "mercadorias" que os seminaristas
vendiam. Simplesmente hilário...!
Quer mais uma rapidinha? Sempre que o Roberto ia em minha casa meus filhos choravam!
Acontece que ele tinha uma gargalhada tão estridente e barulhenta que os pobrezinhos
abriam a boca, assustados! Não era para menos, a gargalhada parecia uma descarga de
motocicleta sem o silencioso, apenas um pouco mais aguda! Era uma cena impagável:
Eu fazia ou dizia algo engraçado, ele gargalhava, os meninos abriam o berreiro, ele ficava
sem graça e eu rolava de rir!
É, amigão, você faz muita falta...
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