quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Santa Maria Eterna...!

Na falta de material enxadrístico, falemos de minisqüências...

Eu prometi contar outras histórias de meu saudoso amigo Roberto, de Gov. Valadares,
na postagem de 16/12/2007 - o "Mate do Roberto". Aqui vai mais uma:

Sábado à tarde, turma reunida para um torneio de blitz. O adversário do Roberto faz
um lance vigoroso, atrevido e o nosso amigo "recita" alto e com cara de espanto:

"Santa Maria Eterna, breve de Roma, estrela do céu, cordão de São Francisco!"

Aquilo soou engraçado e a turma rolou de rir! A partir daí qualquer lance inesperado,
muito ofensivo ou um sacrifício de peça era motivo para recitar a ladainha. Todos nós
passamos a usar o bordão, mas engraçado mesmo era quando dito pelo próprio Roberto.
Entendíamos aquilo como uma interjeição, embora apenas o início "Santa Maria Eterna"
fizesse sentido.

Tempos depois o Roberto explicou a razão da famosa expressão: ele havia estudado por
algum tempo em um colégio de padres como seminarista. Durante as festas e quermesses
alguns dos internos vendiam santinhos e lembranças religiosas e aos gritos ofereciam
suas mercadorias aos visitantes! Durante a tal partida, ao deparar-se com o lance do
adversário, ele exclamou: "Santa Maria Eterna" e em seguida, lembrando-se do seminário,
emendou com tudo o mais que pôde lembrar, ou seja, as "mercadorias" que os seminaristas
vendiam. Simplesmente hilário...!

Quer mais uma rapidinha? Sempre que o Roberto ia em minha casa meus filhos choravam!
Acontece que ele tinha uma gargalhada tão estridente e barulhenta que os pobrezinhos
abriam a boca, assustados! Não era para menos, a gargalhada parecia uma descarga de
motocicleta sem o silencioso, apenas um pouco mais aguda! Era uma cena impagável:
Eu fazia ou dizia algo engraçado, ele gargalhava, os meninos abriam o berreiro, ele ficava
sem graça e eu rolava de rir!

É, amigão, você faz muita falta...

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