quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

A fórmula mágica(!?) - parte 2

Na primeira parte deste artigo eu falei da necessidade que tenho de estudar xadrez.
Sou apaixonado pelo jogo e quero jogar de igual para igual, se possível superar, as
criaturas da minha espécie (ver foto à direita). :))

Antes de passar para a esquematização do programa de estudo, esclareço que tanto na
questão da carga horária quanto nos temas abordados ele deve ser totalmente flexível,
para que respeite minhas limitações e seja o mais proveitoso e divertido possível.
Não adianta montar um esquema muito rigoroso e não cumpri-lo. Vamos lá:

O que estudar e como estudar?

Finais e táticas

O estudo de finais e a prática de temas táticos é essencial para o aprimoramento do
enxadrista. Fazer exercícios e resolver problemas dos referidos temas é primordial.

Aberturas - Geral

Escolher uma abertura, procurar conhecer suas principais variantes e tentar aprender
seus objetivos estratégicos, suas particularidades e possíveis armadilhas.

Reproduzir algumas partidas de mestres que utilizaram a referida abertura, de modo
rápido, sem se aprofundar nas análises, apenas para se familiarizar com ela.

Jogar algumas partidas rápidas (ou blitz) de preferência alternando as cores. Não
sendo possível ao vivo ou on line, uma boa engine quebra o galho.

O importante neste caso é aprender o básico. Se eu conseguir sair de uma abertura,
que não costumo jogar, com uma partida razoável ficarei satisfeito.

Aberturas - Repertório

As aberturas que costumo jogar, ou seja, que já fazem parte de meu repertório terão
outra abordagem. Neste caso o estudo é mais criterioso e a prática menos superficial,
com um estudo mais aprofundado de variantes e sistemas e uma prática mais intensa.

Estudar partidas de mestres

O pouco que sei de xadrez aprendi reproduzindo as partidas dos mestres. Morando no
interior onde não se tem clubes, instrutores e às vezes nem parceiros, esta era a única
maneira de aprender alguma coisa no período AC (antes do computador). É muito útil
reproduzir as partidas e tentar entender porque os mestres jogaram determinado
lance, porque jogaram daquela maneira. É outra forma de estudar estratégia e tática.

Um sistema ainda mais aperfeiçoado é o chamado "Lance do Mestre", bastante utilizado
em alguns clubes: O instrutor passa a partida junto com os alunos questionando alguns
pontos e deixando que eles acertem o "lance do mestre" - Eu possuo 3 livros específicos
para este tipo de treinamento, de autoria de Marcos Moennich.

Um método alternativo é o que chamo de "Lance do Capivara", que consiste em analisar
uma partida de torneio regional ou estadual - rating entre 1800 e 2200, por exemplo.
Faço minhas observações, anoto as alternativas e depois verifico com auxílio de uma
engine. É muito interessante e divertido, principalmente quando descubro algo do tipo
"se fosse eu, tava no papo". Algumas vezes, porém, me decepciono bastante! :(

Prática e análises das próprias partidas

Este é o item mais importante para o desenvolvimento das habilidades do enxadrista.
Nas partidas blitz, conferir a abertura jogada e descobrir o que definiu a partida.
À medida que o tempo de reflexão aumentar, analisar mais detalhadamente, checando a
abertura com a teoria vigente, verificando as variantes e sistemas e definindo as linhas
mais se adequam ao estilo de jogo.

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