Você que é capivara "que nem eu" e está há uns 200 anos tentando melhorar no xadrez, leia atentamente as dicas abaixo. Trata-se de uma compilação de idéias de vários mestres e renomados instrutores. A tradução é livre, com um toque Maseguiano:
De cara uma afirmação radical: Os capivaras não devem priorizar o estudo de aberturas!
Alguns mestres mais radicais aconselham o estudo sério de aberturas apenas para aqueles que já alcançaram um rating FIDE de + ou - 2.200 pontos!.
Claro que é preciso, o quanto antes, conhecer os princípios básicos - desenvolvimento, centro, etc. Porém, aprender linhas específicas e variantes não deve ser o foco principal. Aprende-se muito mais (e mais rápido) estudando táticas, finais, jogando partidas sérias (torneios) e analisando-as com jogadores mais fortes ou até mesmo com engines.
Bem, mas você precisa escolher algumas aberturas para estudar e incluir em seu arsenal, certo? Os mais fortes conseguem aprender/memorizar bastante teoria, mas os iniciantes, principalmente aqueles com pouco tempo disponível, necessitam de uma abordagem mais prática, mais simples. Assim, eis aqui algumas dicas para facilitar este processo:
- Ao escolher um sistema de abertura, prefira um que leve a posições de meio-jogo que você entenda melhor e se sinta bem. Por exemplo, o Gambito Evans não é uma boa escolha se você é um jogador de estilo posicional, que gosta de ir "cozinhando o galo" e manobrando aos poucos, mas é o ideal para quem prefere posições altamente táticas e quer partir logo pra briga.
- Não se aprofunde demais. A princípio aprenda as linhas principais e os planos básicos para cada lado. É importante, também, conhecer algumas armadilhas dessa abertura, tanto para evitar derrotas prematuras como para conseguir vantagens caso seu adversário não as conheça.
- Outra grande dica, essencial na opinião dos melhores treinadores: após cada partida (não importa se é uma partida séria de torneio ou apenas um rápido confronto on line) confira a abertura com suas referências - livros e/ou bancos de dados. Descubra onde o jogo saiu das linhas recomendadas e veja porque o lance indicado é melhor que o que foi jogado por você ou seu oponente. Fazendo isto constantemente você ampliará seu conhecimento mais facilmente.
Futuramente (Deus nos ouça!) será preciso gastar mais tempo e energia para aprender um sistema de abertura mais específico, mas para a maioria dos capivaras as dicas acima são suficientes para que eles possam lidar com os estágios iniciais de uma partida de maneira adequada, sobrando tempo para o estudo de outros tópicos importantes.
É isso aí, abração e até a próxima!
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6 comentários:
Cansei de entrar aqui e não ver novas postagens... Anime-se, amigo!
Abraços, Hugo/Gov. Valadares.
Hugo,
Obrigado pela força, amigo! já, já estaremos de volta...
Ps.: Eu disse pro Serjão que vou aparecer aí em GV de repente, pra conhecer a galera (que ele não cansa de elogiar!)... e pra bater umas peças, claro!
Seria ótimo. Espero que seja o quanto antes (tanto a visita a Goval quanto as postagens no blog)!
Masegui, faça como eu :- Jogue sempre as mesmas coisas, tais como :-
Fishing Pole, Traxler, Hipopotamo, Dunst e ai não tem erro..., ficarás um capivara eterno... hahahahaha
UGA
Fala, grande Sávio, meu Guru! Sabe que é uma boa dica... capivara tem que simplificar as coisas, he he!
AS DEZ PERGUNTAS VITAIS DO CAPIVARA
Após o lance do adversário, fazer as seguintes perguntas em relação à peça por ele movida:
1. Que peças ataca e defende?
2. Quantos ataques e defesas incidem sobre ela?
3. De quantas casas (ou vias) de fuga dispõe?
4. Limitou o raio de ação de (ou encurralou ) peças companheiras?
5. Qual a sua posição relativamente às peças companheiras?
6. Quantas funções está desempenhando?
7. Que funções deixou exercer por abandonar o posto anterior?
8. O rei e a dama adversários estão seguros?
9. Qual a relação com o lance anterior?
10. Responde adequadamente ao meu plano ou lance anterior?
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